A proteção dos dados pessoais e os Cibercrimes
Recentemente, as redes sociais e conversas do whatsapp repercutiram o compartilhamento de fotos em que as pessoas aplicam um filtro para ficar com aparência mais velha ou para “mudar” de gênero. O app responsável por esse filtro e que voltou à moda é o FaceApp e com o seu retorno reacendeu uma questão muito importante: a proteção dos nossos dados e os cibercrimes.
A nossa realidade hoje é virtual. Em tempos de pandemia e quarentena, mais ainda. Com a internet aliada à tecnologia possuímos uma amplitude de possibilidades de nos conectarmos uns com os outros, fazer transações bancárias, compras online, jogar e ter a nossa disposição diversas plataformas e apps que nos auxiliam no nosso dia a dia, nos momentos de lazer e divertimento.
Nessa fase da quarentena e enfrentamento do coronavírus grande parte da população precisou se adaptar e começar a realizar suas tarefas online. Alguns, já estavam habituados a esse meio, mas, para muitos foi e continua sendo uma novidade e um desafio. Aulas passaram a ser online, o trabalho tronou-se home office e as reuniões ficaram virtuais em plataformas como Zoom e Google Meet.
A grande questão é analisar se diante de toda essa tecnologia estamos protegidos do furto de dados, um dos golpes mais antigos e conhecidos da internet. A falta de segurança dos aplicativos com a proteção de dados pessoais do usuário faz com que o mesmo seja um alvo fácil para crimes dessa natureza. Esse cibercrime usa da fraude, do truque ou engano para manipular as pessoas e obter informações confidenciais.
Furto de dados é conhecido como phishing[1], é uma técnica que consiste, basicamente, em enganar o usuário guiando-o até as páginas falsas criadas por criminosos, que podem ser sites de instituições bancárias, e-mails, redes sociais ou órgãos governamentais. Dentro do ambiente falso, a pessoa é induzida a acreditar que está, de fato, em um site legítimo, pois a semelhança é gritante, mas os campos para inserção de dados ali existentes possuem o único intuito de furtar as informações que serão inseridas pela vítima.
O aplicativo FaceApp trouxe novamente à tona a questão da segurança de dados porque obtém indevidamente os dados pessoais do usuário quando este instala, utiliza e aceita os termos de uso do aplicativo. Com isso, autoriza que o app colete e utilize informações sigilosas e pessoais, tais como foto, dados de navegação, colhendo desta forma diversas informações presentes no celular do usuário.
Algo semelhante aconteceu com o Zoom Meeting, um aplicativo de videoconferência que ficou muito popular com a quarentena e se tornou uma alternativa para a realização de reuniões de negócios, encontros de trabalho e até mesmo aulas. As falhas de segurança do Zoom permitiriam que estranhos invadissem salas para perturbar reuniões e até a disseminação de malwares (software malicioso) para os computadores dos participantes, vazamento de e-mails e de dados para o Facebook. Hoje, essas falhas de segurança já foram resolvidas.
Por isso, precisamos ficar atentos para a proteção dos dados pessoais, pois muitos apps são maliciosos. Devemos compreender que todo cuidado é pouco na internet. Não é todo link que devemos clicar. Não é qualquer aplicativo que devemos acessar. Não é todo arquivo que devemos abrir. Um click errado e pode ser a porta de entrada de um criminoso virtual em um dispositivo eletrônico. E quando obtém êxito na invasão, acessa todos os nossos dados e o prejuízo que isso acarreta acaba sendo imensurável.
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Texto escrito por Mariana Vidal
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Fonte:
[1] CARLOS, Luciano. PHISHING: A PESCARIA PARA FURTAR SEUS DADOS NA INTERNET. Canal Ciências Criminais. Ano: 2020. Disponível em: < https://canalcienciascriminais.com.br/phishing-a-pescaria-para-furtar-seus-dados-na-internet/>. Acesso em: 29 de maio de 2020.