A pandemia do novo Coronavírus está literalmente chacoalhando o mundo, e óbvio que não seria diferente no mundo da moda. Vários eventos e desfiles foram adiados ou até mesmo cancelados. O Corona está modificando a moda; arrumar -se para ficar na sala de casa tornou a mais nova tendência para lidar melhor com o tempo de confinamento.

A criação da coleção outono/inverno deu lugar a produção de máscara, avental e demais equipamentos de proteção. É momento das marcas buscarem produtos mais confortáveis e práticos, mais adequados à situação do que propriamente bonitos.

Sei que o momento agora é pensarmos em dizimar esta pandemia mas não podemos desconsiderar o impacto que isso vai causar. Você já parou para pensar nisso? Tudo na vida tem dois lados, mas não vou delimitar aqui o que seria o lado bom ou o ruim, uma vez que depende do ponto de vista de cada pessoa.

Com as lojas físicas fechadas, o e-commerce alavancou no mundo todo. Estudo publicado pela Conversion, consultoria de performance & SEO, analisou as 50 principais lojas online do Brasil, em maio, e registraram 1 bilhão de visitas e um crescimento médio de 51% na sua audiência em relação ao período anterior à pandemia, que foi o gatilho para impulsionar vendas online. Em contrapartida, a forma de consumir, pelo visto, não será diferente pós pandemia, a exemplo do que aconteceu na China, a Hermés faturou cerca   de três milhões no primeiro dia pós-quarentena. No Brasil a Farm e a   Riachuelo praticamente dobraram o faturamento com o e-commerce ainda no confinamento, se agora está assim, imaginem no pós?

Cabe aqui uma reflexão, onde estas roupas que estão sendo compradas serão usadas? Apenas para ficar na sala de casa, ou no armário pelo simples prazer de comprar? Um tanto insano, em um   momento   em   que se fala tanto de ser politicamente correto e em consumo consciente, não? Mas o modelo econômico praticado é dependente deste consumo desenfreado. Será que nem mesmo a pandemia é capaz de mudar esta realidade?

O fato é : que nada será como antes amanhã… Temos mais questionamentos que respostas. Quem viver verá.

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Texto escrito por Paula Vilhena